EDUCAÇÃO MATEMÁTICA



Tendências atuais de educação matemática

Quando se propõe refletir sobre as tendências de educação matemática, primeiro é necessário compreender a concepção de ensino aprendizagem de cada professor em seus respectivos aspectos do que significa ensinar e/ou aprender em matemática,. Dentre estas evidencia a concepção baldista, a concepção da escadinha e a concepção sócio construtivista. Os três modelos apresentados no texto serão facilmente reconhecidos pela grande maioria dos professores de matemática.
  
A concepção baldista. O termo “concepção baldista”, em referência à “concepção da cabeça vazia”, vem de Nilson José Machado. Essa concepção parte da ideia que, no momento de entrar em contato com um novo objeto de conhecimento matemático, a cabeça do aluno se apresenta como um balde vazio, ou, seja, ele não sabe nada sobre esse novo objeto de conhecimento, e que esse conhecimento será despejado em sua cabeça, da mesma forma como enchemos um balde. Dessa maneira, o papel do professor será de “encher esse balde” “transmitir” com os novos conhecimentos. O sucesso desse modelo repousa, essencialmente, no processo de comunicação entre o professor e o aluno.
A concepção da escadinha tem seu suporte na linha behaviorista de pesquisas em psicologia, e se apoia na ideia que seria possível modificar o comportamento de um indivíduo a partir de situações de estímulo e reforço de respostas positivas. Devemos a Skinner a aplicação dessas ideias no campo educacional.
Em geral, o professor que se apoia nessa hipótese baseia sua ação educativa em três momentos principais. Em primeiro lugar, ele define precisamente os objetivos de aprendizagem que ele deseja que o aluno alcance. Em segundo lugar, o professor elabora (ou retira de livros didáticos) situações em que o aluno será levado a apresentar o novo comportamento, o que demonstra que os sub objetivos foram alcançados. Finalmente, uma vez que o objetivo foi alcançado, o professor oferece situações sistemáticas de treinamento, para que esse novo comportamento seja consolidado, o que permite a entrada no jogo didático de um novo objeto de aprendizagem.

A concepção sócio construtivista representa as ideias construtivistas têm seu suporte nos trabalhos em psicologia genética, particularmente nos trabalhos de J. Piaget. Sua inserção na escola se deu a partir de uma conjugação de trabalhos vindos de várias áreas de conhecimento, como, por exemplo, da psicologia social (Perret-Clermont), da epistemologia (Bachelard) e das didáticas específicas: matemática (Brousseau, Vergnoud), ciências (Thiberguein, Astolfi, Develay), etc. Se apoia no próprio processo histórico de construção do conhecimento científico. Essa concepção de aprendizagem se baseia em um certo número de ideias: Ideia da ação. Ideia do desequilíbrio. Ideia da representação espontânea. Ideia do conflito sócio cognitivo. As situações de aprendizagem baseadas nesse modelo são aquelas que chamamos de situações problema.


O mais importante no que se refere à tendência que se propõe seguir ou aplicar em sala de aula é que estejamos conscientes da existência de certas concepções de aprendizagem no processo de ensino aprendizagem, e da clareza sobre qual dessas concepções estamos nos apoiando na nova concepção de avaliação em matemática para se desenvolver um bom ensino.


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